Há quem goste de passar horas conversando com o Siri, o aplicativo que serve de assistente pessoal em aparelhos com iOS, da Apple. Mas, para o jovem americano Sam Ray, o Siri assumiu um papel bem mais importante: o app simplesmente foi essencial para que o garoto de 18 anos continuasse vivo. Segundo o jornal USA Today, Sam estava sozinho em sua casa na cidade de Walterhill (no estado do Tennessee) fazendo reparos no carro da família, uma picape Dodge Dakota que estava sem as rodas da frente, erguida por um macaco hidráulico.
Quando Sam estava embaixo do automóvel, o macaco não aguentou as mais de 2,2 toneladas do veículo e cedeu. Longe dos vizinhos e da rua, o garoto ficou preso e ninguém podia ouvir seus pedidos de ajuda. Foi quando ele lembrou do seu iPhone no bolso de trás da calça: após várias tentativas, ele conseguiu usar o bumbum para acionar o aplicativo e gritar: “Siri, ligar para o 911!” (o número de telefone para emergências nos Estados Unidos).
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| Sam Ray, à esquerda, escapou com vida graças ao Siri |
Do outro lado da linha, a telefonista achou que essa era mais uma daquelas ligações que acontecem sem querer, quando o celular está no bolso e um esbarrão aciona involuntariamente o número de emergência. “Recebemos muitas chamadas desse tipo, e eu já estava achando que essa era mais uma”, disse Christina Lee, da polícia do condado de Rutherford. “Foi aí que ouvi os gritos pedindo ajuda”, lembrou.
Sam lembra que estava perdendo as esperanças: “Eu já estava começando a achar que não iria conseguir escapar dali.” Mas, após 40 minutos preso sob o carro, os bombeiros chegaram para o resgate. O garoto foi levado às pressas para um hospital nas redondezas.
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| Siri salvou Sam |
Foram várias costelas quebradas, uma concussão, uma lesão no rim, cortes e queimaduras em um dos braços, mas, apesar disso, o médico do hospital disse que Sam estava em boas condições, dadas as proporções do ocorrido. “Às vezes, essas lesões podem ser horríveis. E eu nunca ouvi de alguém que tenha conseguido dar um jeito de chamar o Siri, pedir ajuda e ser resgatado”, comentou o dr. Rick Miller.
“Acho que vou usar iPhones para o resto da vida”, disse Sam, aliviado. “Acho que eu devo isso a eles.”
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